Medo de que?

Paranóia - Raul Seixas (a pedidos)

Fala Galerinha do bem

Vamos voltar às postagens dominicais certo, e esquecer, ou pelo menos tentar esquecer essas inundações, mas que eu vi PORCO VIRANDO CAPIVARA eu vi.

Sabe, estive aqui pensando esses dias (faço muito isso, geralmente nada se aproveita), bem que poderíamos ter um super herói aqui pelos nossos lado, um Super Homem, Homem Aranha, meu até um chapolin colorado ou um Super vira lata já ta valendo

Vocês já pensaram se a ficção fosse realidade (se bem que tem horas que a vida imita a arte, e nem chegamos em 2012) quem seria nossos Heróis ou Super se preferirem, uma espécie de Liga da Justiça, mas pensem comigo, não temos heróis mas temos Super vilões com o QG da Liga da Injustiça lá em , bom vocês sabem aonde

- E agora quem poderá nos defender?

Estava conversando com uma amiga agora e falávamos sobre medos

Tem gente que se diz corajoso, dizendo que não tem medo de nada. Eu duvido. Todo mundo tem medo de alguma coisa, por mais que diga que não. Uns têm medo de morrer, outros têm medo de viver, outros têm medo de palhaço... Tem gente até — imaginem vocês! — que tem medo de borboleta! Conheço gente que tem medo de tartaruga, mais absurdo ainda um com medo de ABACATE imagina

Quando eu era pequeno tinha muitos medos, medo dos filmes do Drácula (mas assistia mesmo assim), medo de ouvir a musica do Plantão Globo, o medo da loira do banheiro, mas o meu maior medo mesmo era medo do escuro. Medo comum, que quase todas as crianças têm.

Depois de grande (bem grandinho, para ser mais preciso) o medo foi embora. E não foi por descobrir que o o homem do saco não existia, ou por saber que os fantasmas não iriam se aproveitar para aparecer na minha frente quando a luz se apagasse; simplesmente o medo foi embora inexplicavelmente, bem que o medo de altura ainda não perdi, não venham me pedir para eu andar de elevador panorâmico, para se ter uma idéia subi 18 andares de escada só para não entrar no elevador.

Medo é mesmo uma coisa inexplicável. Você se lembra da campanha presidencial de 2002? Naquele ano, Regina Duarte apareceu no programa eleitoral de Serra pra dizer que tinha medo do que poderia ser do Brasil se Lula fosse eleito presidente. Caminhávamos para nos transformar uma “Argentina”; seria o caos e Arara iria virar papagaio. Foi criticada, hostilizada, e seu depoimento foi tirado da campanha. Mas sumiu para dar lugar a outro, cuidadosamente preparado para ser ainda mais aterrorizante: depois de Regina Duarte, quem apareceu na TV para dizer que tinha medo foi Beatriz Segall. Ela disse que estava COM MEDO DE DIZER QUE TINHA MEDO. Levado a crer que seria medo dos eleitores de Lula. Medo, talvez, de ser linchada por eles em praça pública só porque ousou dizer o que pensava. Eu, hein?

Ambas disseram ter medo do Lula presidente, mas nenhuma delas teve medo do ridículo.

Hoje, depois de grande, continuo tendo meus medos, medo de errar, medo de decepcionar as pessoas de que gosto, medo de não ser um bom pai, medo da violência, medo de ver nossa cultura ainda mais desprezada e desvalorizada (o que esta acontecendo e meu medo ta se tornando verdade), medo de ver a mediocridade tomar conta do nosso país, medo de o Brasil não ter mais jeito.

Ah tenho um novo medo, bastou às nuvens negras de chuva carregarem que me da um medo, mas isso acho que muita gente esta né?

E vocês? Tem medo? De quê? (Boa parte do texto tirado de um email que recebi)

Beijos galera e até a próxima.

Ale