domingo, 8 de janeiro de 2012

Isso é inclusão digital? E a vida real?


A dois passos do paraiso - Blitz
Aloha Galera do bem

Essa história de ver e falar com todo mundo na hora em que bem se entende, do lugar em que se esteja, empolga. É bom. Diz que não? Ver, em tempo real, como esta o quarto da sua namorada que esta viajando com o pais no EUA, falar com sua irmã que trabalha numa estação da Antártida como se ela estivesse ali, na rua ao lado. Assistir ao vivo o show do U2 na Califórnia, do melhor camarote que há: sua sala. Achar e ser achável.

Está certo: reduziram-se as distâncias e produziu-se uma espécie de onipresença. Isso é bom e não tem volta, o que é fascinante. Pois bem. Quero é saber o que foi feito da distância. E agora, que ninguém consegue mais desaparecer, sumir, escafeder-se? Conseguir consegue. Mas dá trabalho. Arlindo Orlando, aquele caminhoneiro conhecido da pequena e pacata cidade de Miracema do Norte, não conseguiria ter fugido, desaparecer, escafeder-se assim tão fácil da sua noiva, fosse hoje. Como fica o mundo, então?

Com tanta presença, qual o futuro da saudade? Assim como os mistérios insondáveis do não estar, a necessidade do cadê, a curiosidade sobre como deve ser – tudo parece estar com os dias contados. A lembrança, que é feita de ausência, pode ser extinta. Tudo é perto e pertencente demais. Mas não é. Nem pode ser.

Gente precisa de desconexão para existir. “Puts, logo eu falando isso” Precisa saber da distância fundamental que marca sua posição no planeta. Precisamos do tempo que constrói as relações todas. Precisa da demora – e não da volta ao mundo em oitenta cliques.

Longe precisa ser um lugar real. O universo, imenso, deve continuar assim. Sua grandeza é que dá dimensão às coisas. Sem ela, nós nos perdemos – em tamanho, função e sentido.

Estamos vivendo a era digital, onde casais se conhecem se apaixonam e se casam, tenho no mínimo uns 2 ou 3 casos de amigos que casaram assim, e hoje estão felizes, mas tenho tambem conhecidos que quebraram a cara.

È tudo lindo e maravilhoso, trabalhar sem sair de casa, pagar contas, fazer compras, até fofoca se faz online, em um simples click em enviar você deixara alguém feliz como pode destruir um lar, uma família, isso sendo bem FDP.

Uma amiga me disse: - Não vivo o mundo virtual! Concordo com ela, eu também não, mas passo a maior parte do tempo em frente a um PC, e tenho visto coisas que me assustaram, vejo pessoas frágeis fazendo de sua vida uma agenda virtual relatando sua vida passo a passo, vejo uma hipocrisia sem tamanho, pessoas que nunca foram religiosas postando orações e dizendo amar a Deus, lindo e maravilhoso, mas o dia a dia dessa pessoa e bem diferente.

Qualquer coisa que cai na Net vira modinha, atualmente nada se cria, ou melhor, alguém cria e o resto copia, muitas pessoas têm linguagens que nem com dicionário é capaz de entender, alguns sabem tudo do mundo virtual mas não sabem que ônibus pegar para ir ao centro da cidade.

Hoje se você não tiver um pouco de conhecimento de informática você não é ninguém, é obrigatório ter conhecimento em tal ferramenta em seu currículo. E quer saber, era tão gostoso mandar cartas para alguém, hoje você manda e-mail, isso ta ficando chato, vivam o mundo virtual, mas não esqueçam o mundo la fora é maior, mais belo e existe

Beijos até a próxima

Ale

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