Você não soube me amar - Blitz
Aloha galera do bem!


No calendário da musica, o tempo raramente corre de acordo com as folhinhas. Aquilo que chamamos de anos 80 não começou quando 1979 acabou. Levaria ainda dois anos para a aurora da nova era eclodir, já que 1980 e 1981 são uma espécie de lapso temporal. Um buraco negro a ser explicado por uma teoria da relatividade musical, pois 70 certamente também não são. Foi o verão de 1982, há exatamente 30 anos, que os 80 chegaram com VOCÊ NÃO SOUBE ME AMAR, o alegre hit da BLITZ que tomou conta de um pais que tinha acabado de perder Elis Regina e ainda derramaria um Itaipu de lagrimas com a eliminação da seleção canarinho na Copa do Mundo na Espanha.


O refrão que explodia em seguida pegou mais que “nossa, nossa, assim você me mata”, a molecada pirava. Para uma geração foi a introdução na musica adulta. Chega de ARCA DE NOÉ, de pato pateta, que pata aqui pata acolá e de coleção de disquinhos, eu preferia que me dessem um disco da BLITZ.
Caetano Veloso falava da nova Disneylândia Pop, Gilberto Gil que eles deram uma Blitz na MPB, Paulinho da Viola assistiu a um show no Canecão e que começou ater mais simpatia pelo Rock, Dorival Caymmi foi ao camarim abençoá-los, e o rei Roberto Carlos os chamou para uma grande participação em seu especial de fim de ano.
A colorida (não confunda com Restart) e despojada trupe de Evandro e sua boa musica abriram o caminho para que a indústria fonográfica apostasse numa autentica renovação artística. Mais que o surgimento de novos nomes, o que aconteceria depois a partir dali mudaria o rumo da musica, ditaria moda, modas e costumes.
Seus efeitos irradiaram na nova canção sertaneja, e nos seus cabelos (Zezé de Camargo e Luciano, Chitãozinho e Xororó que o diga com o cabelinho ala Evandro), transformaram a musica regional, o carnaval e até o samba.


adaptação do texto da Folha de SP
Ate a próxima galera
beijos
Ale